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data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Renan Mattos (Diário)
A semana que se inicia será diferente para Santa Maria. Ao observar o calendário, na próxima quarta-feira, chega ao fim o prazo do decreto do governador Eduardo Leite (PSDB) que suspendeu o funcionamento do comércio (até 15 de abril) em todo o Estado. Já na próxima segunda-feira, o prefeito Jorge Pozzobom (PSDB) estará reunido com o segmento empresarial para, ao que tudo indica, dar uma sinalização de uma reabertura gradual do comércio de rua e dos shoppings.
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Ainda assim, o Executivo municipal trabalha na elaboração de vários pontos que tendem a garantir a segurança da população, de comerciantes e dos funcionários. Mas tudo, ainda que se encaminhe para isso, é uma possibilidade (ainda que real). Até porque, falar em tendência, no momento, significa, ainda assim, tatear no escuro. E é assim que todos se sentem ao tratar da Covid-19.
PERDA REAL
Ao fim da pandemia, o saldo será uma Santa Maria desidratada: com desemprego, perda de receita, empresas com sérias dificuldades econômicas e financeiras. Ainda assim, a determinação do governo Jorge Pozzobom segue sendo a mesma: fazer com que a população cumpra, ao máximo, os protocolos de segurança (com o isolamento social) e de higiene (com a utilização de máscaras, de álcool em gel e de lavagem das mãos).
MEDO JUSTIFICADO
O chefe da Casa Civil, Guilherme Cortez, afirma que se trabalha para se chegar o mais próximo possível de um denominador comum entre as partes. O medo do poder público, justificado, observa as próximas 12 semanas. É, justamente neste período, que o Ministério da Saúde tem alertado que se imagina que o país tenha um acréscimo e uma crescente na curva de casos.
É, por isso, que Cortez adianta que "nos próximos 45 dias, a prefeitura não trabalha com um cenário de liberação total do comércio da cidade", alerta. Até porque em um eventual relaxamento, onde as pessoas, de forma equivocada, venham a crer de que tudo voltou à normalidade, poderemos ter um cenário que, invariavelmente, trará o colapso no sistema de saúde da cidade.
Por uma simples razão: não haverá leitos suficientes. Até aqui, as medidas acertadas da prefeitura, têm surtido efeito. Mas um passo mal dado pode, sim, colocar tudo em risco.
A
VIDA NÃO É UM NETFLIX
Complicado e fácil dizer que as pessoas precisam se manter em casa quando, por exemplo, se tem uma renda fixa. O que fazer quando se é profissional autônomo? Ou quem está desempregado e sabe que, tão cedo, não terá como se colocar no mercado?
Foi essa contribuição que recebi, na semana passada, de um leitor, que de forma lúcida escreveu essas linhas:
"O senhor, assim como eu, sabe os riscos de trabalhar na iniciativa privada. A lógica é bem simples: quando uma empresa não fatura, ela corta, e isso é demitir. Eu tenho um filho e uma esposa que é funcionária do governo do Estado. Então, dá pra imaginar...Por sorte, temos uma economia, que era para ser usada no futuro. O dinheiro vai ajudar. A minha esposa trabalha na polícia. Vai e vem da rua pra ajudar... Eu sou representante comercial de uma loja importante. A empresa já disse que agora neste mês não vai mandar ninguém pra rua. Depois, só Deus sabe...Voltar a trabalhar é o que mais quero. Mas com segurança entende? Isso vai acontecer? É o que todos queremos. Mas a vida não é Netflix, não tô em casa maratonando".